Ao longe, ouvimos uma batida, um som de piano, um acorde de
violão... Nossos olhos fixam-se em algum ponto específico, a audição se aguça e
começamos a juntar em nosso cérebro o som dos instrumentos. Em seguida, brota a
curiosidade em saber de quem é aquela voz que acaricia nossos ouvidos.
O nosso cérebro
é uma máquina perfeita: consegue “casar” o som dos instrumentos e com o da voz.
Quando nos damos conta, nossas mãos já estão batucando o ritmo em alguma
superfície, nossos pés, se mexendo, conforme o ritmo da música que está tocando.
Não demora muito, você corre para pesquisar a letra da música para aprender a
cantar junto. Pronto, a partir dessa fase, a música te tomou por completo. Você
criou simpatia por uma música específica.
E quando passamos a gostar ou a odiar uma música,
simplesmente, porque ela nos remete a algo que faz nos sentirmos bem ou mal em
lembrar? Mais uma função excepcional do nosso cérebro. Ele consegue identificar
instrumentos, juntá-los, formar um ritmo, somar com uma voz e, ainda, gravar
fatos e relacioná-los com determinada música, toda vez que voltamos a ouvi-la.